Histórias é que não falta
Num país colonizado
Florestas contam histórias
De um povo enraizado
Se dividiam em tribos
Livres, e sem inimigos
Num viver organizado.

Para eles a natureza
Era uma riqueza sagrada
Garantia o alimento
Sem que fosse explorada
Rios, florestas, grandes mares
Animais, ricos pomares
Natureza respeitada.

Com os colonizadores
Começou a destruição
Muitos povos dizimados
Em áreas de exploração
Africanos escravizados
De seus amores arrancados
Pior que crucificação.

Por mais de 300 anos
Vítimas da escravidão
Não perderam horizonte
De luta, libertação
Hoje a Serra da Barriga
Sinal de luta vencida
Sem usar nenhum canhão.

Se os brancos bem soubessem
Não teriam ao mundo dito
Que Quilombo dos Palmares
Pelos canhões foi vencido
Pois o sangue derramado
Estava contaminado
Da alma de povo vivo.

A história continua
Muita coisa pra contar
Mas o espaço é pouco
Precisamos abreviar
Pra conhecer sertanejo
Venha ao Sertão, almejo
Nem preciso convidar.

Sobre o Brasil – Sexto cordel da quarta Lua, publicado como parte do desafio “4 LUAS DE CORDEL”(Link: https://taplink.cc/4luas)