Meu grande mestre
Quando tua única mão tocou a minha
E me abençoou! Percebi que não lhe faltava nada Era um ser humano inteiro, íntegro. Vi que a diferença, deficiência Não alterava o caráter, a sensibilidade Nem a beleza do olhar, da fala, do ser. Era um membro do corpo a menos Faria falta, mas não condicionava A felicidade, a criatividade, o amor. Quanto aprendi e aprendo contigo!! Aprendi que limites físicos não significa ser menos, Ser menor, inferior, digno de pena. Nunca te entregastes a sentimentos mesquinhos. Aprendi a enxergar o ser que há em ti Não a deficiência física, Ela não é uma característica da tua personalidade. O que me une a ti, é a condição humana De nos identificarmos enquanto ser em si Membros do mesmo gênero, o humano. O que me une a ti, é o afeto, a admiração Por seu caráter, sua determinação, E outros valores que não preciso citar. Não fostes corrompido por valores mesquinhos Da sociedade do ter, Enfrentas o preconceito sem perder de vista O que há de verdadeiramente humano em ti.
Gorete Amorim
Enviado por Gorete Amorim em 16/11/2020
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