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Um mar de óleo
Enquanto o mar de óleo não chega,
me banho nas águas azuladas do mar de Paripueira. Sentimento de despedida, de último banho, não segurei o mar de lágrimas. As lágrimas que caiam sobre as ondas espumadas, levavam uma mistura de tristeza e raiva. A tristeza de saber que ondas de óleo se aproximavam e as ondas brancas se encontravam indefesas. A raiva incontrolável da irracionalidade humana, da vida banalizada. Um mar de óleo Um mar de morte Um mar de sofrimento Um mar de famílias sem pesca, sem pão Um mar de seres agonizando no mar Um mar de luto Ainda há tempo para a primavera??
Gorete Amorim
Enviado por Gorete Amorim em 31/10/2019
Alterado em 01/11/2019 Comentários
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